Novo Parlamento Será Empossado em Meio a Protestos e Contestações Eleitorais

Novo Parlamento Será Empossado em Meio a Protestos e Contestações Eleitorais

Novo Parlamento Será Empossado em Meio a Protestos e Contestações Eleitorais

Moçambique prepara-se para empossar seu novo parlamento nesta segunda-feira (15), após uma eleição marcada por acusações de fraude e meses de protestos violentos. O líder da oposição, Venâncio Mondlane, convocou manifestações pacíficas de segunda a quarta-feira, período em que Daniel Chapo deverá ser oficialmente empossado como presidente da República.

Mondlane, que alega ter vencido as eleições presidenciais com 53% dos votos, denuncia que os resultados foram manipulados para favorecer o partido Frelimo, no poder há cinco décadas. O resultado oficial atribuiu 65% dos votos a Chapo, enquanto Mondlane recebeu apenas 24%.

Boicote ao Parlamento

Os partidos de oposição Renamo e MDM anunciaram que não participarão da cerimônia de abertura, marcada para esta segunda-feira. A Renamo, que conquistou 28 dos 250 assentos no parlamento, classificou a sessão como um "ultraje social" e uma "traição à vontade dos moçambicanos". Já o MDM, que obteve oito cadeiras, declarou estar alinhado às demandas por "verdade eleitoral".

Mobilização Nacional e Conflitos

Venâncio Mondlane, que retornou de um exílio de dois meses, instou seus apoiadores a realizar uma greve nacional e a paralisar as atividades durante três dias, como forma de rejeitar o processo eleitoral. Em sua mensagem, publicada no sábado, ele chamou os moçambicanos a se mobilizarem pacificamente contra o que classificou como "traição à vontade do povo".

Na última quinta-feira, a chegada de Mondlane a Maputo foi marcada por uma recepção massiva de seus apoiadores, que resultou em confrontos com as forças de segurança. Pelo menos três pessoas morreram durante os incidentes, de acordo com observadores locais.

Impacto Econômico e Social

A crise pós-eleitoral já custou cerca de 300 vidas, segundo um grupo local de direitos humanos. Além disso, a agitação tem gerado prejuízos significativos à economia, afetando setores estratégicos como transporte marítimo, mineração e comércio transfronteiriço.

A tensão política e social deve se intensificar com a posse de Chapo e o novo parlamento, em um cenário que põe à prova a resiliência democrática e institucional do país.

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