Crónicas do Matavel: Deputados Devem Representar o Povo, Não Seus Próprios Interesses

 

Crónicas do Matavel: Deputados Devem Representar o Povo, Não Seus Próprios Interesses

Em uma análise contundente, Crônicas do Matavel trouxe à tona uma reflexão sobre o papel dos deputados em Moçambique e o verdadeiro significado de representar o povo. A intervenção destacou questões como regalias eternas concedidas aos parlamentares, enquanto a população enfrenta dificuldades extremas para sobreviver. 
 
De acordo com Matavel, os deputados são eleitos para serem a voz dos cidadãos, representando as demandas e necessidades de uma população de mais de 30 milhões de pessoas que não podem, directamente, ocupar cadeiras na Assembleia da República.
 
No entanto, ele questiona: “Como é possível que o representante tenha regalias eternas, subsídios pomposos e mordomias, enquanto o povo que o elegeu continua sem nenhuma dessas vantagens?” 
 
Matavel enfatizou que a próxima legislatura precisa demonstrar verdadeiro compromisso com os cidadãos. Ele propôs que deputados revisem os documentos que garantem privilégios excessivos e redireccionem esses recursos para áreas essenciais, como educação, saúde e transporte.
 
Segundo ele, a má gestão e a falta de investimentos em sectores prioritários perpetuam as dificuldades enfrentadas pela maioria dos moçambicanos. 
 
A reflexão também abordou o impacto das desigualdades no transporte público. Matavel sugeriu medidas como isenção de taxas aduaneiras para importação de veículos destinados ao transporte semicolectivo, como forma de resolver a escassez de meios de locomoção em áreas urbanas e rurais.
 
"O transporte é vital para o desenvolvimento de um país, mas o povo continua a caminhar quilómetros, muitas vezes sem alternativas decentes", criticou. 
 
Finalizando, Matavel apelou aos futuros deputados para que transformem a Assembleia em um espaço de decisões efetivas para o benefício do povo. “Este não pode ser um lugar de bate-papo. É preciso seriedade e compromisso para mudar a realidade do país”, concluiu.

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