Venâncio Mondlane Anuncia Eleições Populares, nova Bandeira e Renomeações de Avenidas
Em um discurso
transmitido ao vivo pelo Facebook, o candidato presidencial Venâncio Mondlane
apresentou propostas ousadas para uma reformulação política e social em
Moçambique.
Entre as iniciativas
anunciadas, destacam-se a convocação de eleições populares directas, a criação
de uma nova bandeira nacional e a renomeação de avenidas e ruas em todo o
país.
Mondlane criticou
duramente os atuais símbolos nacionais, afirmando que a bandeira actual reflecte
um passado comunista que precisa ser superado.
Ele convocou designers
e cidadãos a proporem novos modelos de bandeira até 10 de Janeiro de 2025,
enfatizando a necessidade de elementos que representem as riquezas naturais e
culturais do país.
O autor da proposta
vencedora será premiado com 300 mil meticais, financiados por contribuições
populares.
Além disso, Mondlane
declarou que todas as instituições governamentais, incluindo a Comissão
Nacional de Eleições (CNE) e outras estruturas administrativas, estão
suspensas.
Em seu lugar, ele
propõe que os próprios cidadãos elejam representantes para todos os níveis
administrativos, de chefes de bairros a governadores provinciais.
A votação ocorrerá
presencialmente nos dias 6 e 7 de Janeiro de 2025, utilizando o método de
filas, inspirado em práticas de democracia directa.
Outro ponto abordado
foi a revisão dos nomes de ruas e avenidas. Mondlane defendeu que as
comunidades locais decidam as novas denominações, substituindo referências
consideradas comunistas por nomes de figuras que contribuíram para a democracia
e o desenvolvimento do país.
Mondlane ainda destacou
propostas como o acesso gratuito à água potável, a suspensão da exploração
madeireira sem benefícios claros para as comunidades locais e a criação de um
fundo de garantia bancária para revitalizar negócios prejudicados.
Ele também anunciou a
elaboração de uma nova Constituição, que será apresentada no dia de sua posse,
prevista para 15 de Janeiro de 2025.
O discurso foi
encerrado com apelos à participação popular e à união em torno de uma
“verdadeira democracia africana”, posicionando Moçambique como exemplo para o
continente.