Raul Novite declara ter alertado Venâncio Mondlane sobre o Podemos

Raul Novite declara ter alertado Venâncio Mondlane sobre o Podemos, citando diferenças ideológicas

Raúl Novite, figura conhecida no cenário político de Moçambique, deu declarações contundentes sobre sua relação com Venâncio Mondlane e sua visão sobre o partido Podemos.
 
Em entrevista recente, Novite afirmou que sempre foi contra a aliança de Mondlane com o Podemos, destacando diferenças ideológicas e princípios políticos como o principal motivo para sua posição.
 
Novite explicou que sua trajectória política começou em 1991, quando se juntou à Renamo, partido de centro-direita. Segundo ele, sua visão política sempre esteve alinhada a ideologias de direita ou centro-direita, o que tornou inviável qualquer associação ao Podemos, que ele considera um partido de extrema esquerda.
 
“Sou de centro-direita, e a ideologia do Podemos não condiz com meus princípios. Avisei Venâncio Mondlane para não assinar o acordo com o Podemos, mas ele não aceitou meu conselho”, afirmou.
 
Ainda na entrevista, Raul Novite revelou que sua casa foi cercada pela Unidade de Intervenção Rápida da polícia em um episódio recente, embora ele negue qualquer envolvimento com manifestações ou actividades políticas desde o fim da campanha eleitoral.
 
“Fiquei surpreso ao ver minha residência cercada. Não tenho participado de acções políticas desde que encerrei minha campanha em Nacala”, explicou.
 
Quando questionado sobre os avanços políticos do Podemos, que conquistou mais de 40 deputados e se tornou a segunda força política em Moçambique, Novite afirmou que não se arrepende de sua postura.
 
Ele ressaltou que continua apoiando Venâncio Mondlane como indivíduo e como um agente de mudança para o país, mas sem concordar com a ideologia do Podemos.
 
“Não apoio o Podemos, mas continuo acreditando na capacidade de Venâncio Mondlane de transformar Moçambique. Minha posição sempre foi sobre ideologia, não sobre pessoas”, declarou.
 
Novite também destacou que não apoia o vandalismo, mas defende manifestações ordeiras contra fraudes eleitorais, reforçando sua crença na necessidade de mudanças políticas estruturais em Moçambique.

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