António Muchanga critica duramente Daniel Chapo, chamando-o de vaidoso, e alerta para graves consequências se ele insistir em governar
O político António
Muchanga fez duras críticas ao Daniel Chapo durante um programa televisivo
exibido no último domingo.
Entre os
comentários, Muchanga classificou Chapo como "vaidoso" e alertou que
ele "será vaiado pelo povo se insistir em governar contra a vontade
popular".
As
declarações refletem a tensão política que marca o cenário pós-eleitoral em
Moçambique.
No
discurso, Muchanga abordou as negociações realizadas entre as lideranças
políticas para alcançar um entendimento sobre a actual crise.
Ele
destacou que, enquanto figuras como Ossufo Momade, Lutero Simango e outros
apresentaram suas visões e demandas em prol do povo, Chapo ainda não demonstrou
qualquer compromisso claro.
"Quantos
dias levaram as conversações de Lusaka? Três dias. O Acordo que deu
independência a Moçambique foi feito nesse curto período.
Quando há
vontade política, os resultados aparecem. O problema é que Chapo quer governar
à força, mas o povo já disse: violou uma vez, nunca mais voltará a
violar", declarou Muchanga.
Ele também
mencionou decisões que considerou impróprias, como o anúncio de uma cerimônia
de posse que, segundo ele, vai contra princípios básicos de humildade e
respeito pela situação delicada do país.
"Convocar
pessoas para sua própria posse? Isso é vaidade. Mesmo em um casamento, não é
você quem convida seus próprios padrinhos", ironizou.
Muchanga
defendeu que as lideranças políticas têm até quarta-feira, 1º de Janeiro, para
encontrar premissas sólidas que possibilitem um entendimento, caso contrário, o
país enfrentará uma crise ainda maior.
Ele
destacou o impacto económico da instabilidade, citando empresários que já manifestaram
receio de continuar a investir ou importar produtos essenciais.
"Estamos a caminhar para uma catástrofe económica e social. Precisamos de compromisso para evitar o pior", concluiu.