Parlamentares da SADC pedem mediação urgente para a crise em Moçambique
A crise pós-eleitoral em Moçambique está a gerar preocupação
entre os países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
(SADC).
Parlamentares do grupo parlamentar da SADC no Parlamento Pan-Africano
emitiram um comunicado exigindo uma ação concertada entre os países da região e
a União Africana (UA) para resolver a instabilidade política no país.
Segundo os parlamentares, a crise moçambicana não só
prejudica o próprio país, mas também representa riscos significativos para os
países vizinhos e para a estabilidade regional.
"A instabilidade política
em Moçambique perturba viagens, comércio, actividades económicas, desloca
comunidades e ameaça o progresso da integração regional", declararam no
documento.
O grupo defende que tanto a SADC quanto a UA devem liderar
um processo de mediação que beneficie todas as partes envolvidas e assegure a
paz e a prosperidade na região.
Os parlamentares enfatizam que o diálogo deve
priorizar os interesses do povo moçambicano e que os líderes políticos do país
devem colocar a unidade e o futuro democrático de Moçambique acima dos
interesses partidários.
“Instamos todos os partidos políticos, a sociedade civil e
outras partes interessadas em Moçambique a comprometerem-se com um processo de
mediação inclusivo e transparente que coloque as aspirações do povo no centro.
Este processo deve permitir que o povo escolha mediadores imparciais e
confiáveis, capazes de orientar a nação rumo à paz, estabilidade e
reconciliação”, reforçaram os parlamentares.
A SADC acredita que, através de um diálogo genuíno e
construtivo, Moçambique poderá alcançar soluções duradouras que reflictam a
vontade colectiva dos seus cidadãos, fortalecendo a estabilidade em toda a
região da África Austral.