Quelimane, 18 de abril de 2025 – Por MZNews
O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) encerrou o processo sobre o alegado suborno milionário de 219 milhões de meticais ao líder do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Albino Forquilha, por falta de provas.
A denúncia, feita pelo Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD), acusava Forquilha de ter aceitado a quantia para desistir da contestação dos resultados eleitorais de 2024 e permitir a tomada de posse dos deputados eleitos pelo partido em 15 de janeiro deste ano. Na ocasião, o candidato independente Venâncio Mondlane, que se declarou vencedor das eleições, havia apelado ao boicote da cerimónia.
Apesar das acusações, Forquilha defendeu que sem a colaboração de Mondlane, o PODEMOS não teria alcançado a sua atual posição como o segundo maior partido no parlamento, atrás apenas da Frelimo.
De acordo com Romualdo Jhonam, porta-voz do GCCC, as investigações foram encerradas por ausência de provas concretas:
“O reclamante foi ouvido e teve a oportunidade de apresentar mais elementos, mas não conseguimos obter provas suficientes, nem mesmo com as nossas diligências”, afirmou.
Ainda assim, o processo poderá ser reaberto caso surjam novas evidências.
No mesmo briefing, o GCCC revelou a detenção de um técnico do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), envolvido no desvio de 490 milhões de meticais. O montante foi distribuído por várias contas de particulares, incluindo as da esposa, ex-esposa e sócios do técnico. As investigações continuam para apurar todos os envolvidos no esquema.