Romanos já tinham comédia há milhares de anos

Romanos já exploravam o humor há milhares de anos, revelam novas escavações

Pesquisadores encontram afrescos e inscrições irreverentes em Pompeia e na Jordânia, desafiando a ideia de que a arte antiga era sempre solene.

Escavações recentes no sítio arqueológico de Pompeia, na Itália, trouxeram à tona novos afrescos que lançam luz sobre o cotidiano e as crenças dos romanos antes da devastadora erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C. A descoberta amplia o entendimento sobre a vida na época, revelando um lado mais descontraído da sociedade romana.

Entre os achados mais intrigantes está um conjunto de pinturas que apresentam elementos humorísticos, sugerindo que a comédia era parte da cultura popular há milhares de anos. Esse aspecto já havia sido observado em escavações realizadas na Jordânia, em 2016, onde pesquisadores encontraram murais do século I d.C. com balões de fala escritos em aramaico – um formato semelhante aos quadrinhos modernos.

Os textos dos balões revelam diálogos simples e cotidianos, como “Estou cortando [pedra]” e “Ai de mim! Estou morto!”, evidenciando que a arte visual servia não apenas para registro histórico, mas também para entretenimento e expressão popular.

A preservação desses vestígios deve-se a condições ambientais favoráveis. Em Pompeia, as cinzas vulcânicas atuaram como uma cápsula do tempo, enquanto na Jordânia, a aridez do deserto ajudou a proteger as pinturas feitas sobre basalto.

Grafites irreverentes desafiam noções sobre a seriedade romana

Além dos murais, as cidades de Pompeia e Herculano revelaram inúmeras inscrições gravadas em paredes, muitas delas repletas de ironia e irreverência. Frases como “Lucilla fez dinheiro com seu corpo” e “O oficial de finanças do imperador Nero diz que esta comida é veneno” demonstram que o humor ácido e as piadas sobre a vida cotidiana já eram comuns entre os romanos.

Outro exemplo curioso é o registro de uma briga: “Sanius a Cornelius: vá se enforcar”. Esse tipo de comunicação escrita, semelhante ao que hoje seria encontrado em redes sociais ou pichações urbanas, reforça que a natureza humana mudou pouco ao longo dos séculos.

O legado cômico da Antiguidade

As novas descobertas mostram que os romanos não apenas apreciavam o humor, mas também o registravam em sua arte e arquitetura. Os afrescos de Pompeia e os quadrinhos da Jordânia oferecem um olhar único sobre como o humor era parte integrante da vida antiga, desafiando a ideia de que a arte do passado era exclusivamente séria ou religiosa.

Com essas novas evidências, os pesquisadores seguem ampliando o entendimento sobre o legado cultural dos povos antigos, provando que a irreverência e a sátira são traços atemporais da humanidade. "CLIQUE AQUI" para ver o artigo completo na integra.

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