Duas escolas vandalizadas em Larde vão deixar 300 alunos a estudar ao relento

Nampula (IKWELI) – Na última semana, o posto administrativo de Topuito, no distrito de Larde, província de Nampula, norte de Moçambique, foi palco de agitação causada por alguns jovens tendo culminado com a destruição de infraestruturas públicas com destaque para escolas e centro de saúde, devido a onda de desinformação sobre a cólera.


Em entrevista concedida na passada segunda-feira (24) ao Ikweli, o director provincial da Educação de Nampula, William Tunzine, afirmou que nos dias 20 e 21 do mês em curso alguns jovens munidos de instrumentos contundentes invadiram duas escolas onde vandalizaram três salas de aulas, o que poderá deixar cerca de 300 alunos ao relento. 


“No dia 20, alguns jovens que traziam consigo alguns instrumentos como catana, paus, dirigiram-se a escola de Naholoko em Topuito, onde destruíram uma sala de aulas e no dia seguinte foram para escola básica de Tibane onde também vandalizaram duas salas de aulas e ao todo forma três salas em duas escolas.”


De acordo com a fonte, a justificativa para tais actos é de que alguns funcionários e gestores escolares são responsáveis pela “distribuição” de cólera no distrito. 


“Eles alegam que os nossos professores trazem consigo o surto de cólera, por isso  foram vandalizar as salas de aula nessas escolas. É uma situação difícil, estamos a falar de cerca de 300 alunos que foram afectados por conta da vandalização dessas salas e elas vão ter que estudar ao relento, não temos outra alternativa.”


Tunzine mostrou seu espanto e descontentamento pelo facto de tal situação relacionada a desinformação em relação a cólera estar a recair igualmente sobre os funcionários e instituições de ensino. 


“As pessoas devem saber que os professores não trazem consigo cólera para as comunidades.”


A fonte recordou que durante o período das manifestações até ao momento, foram vandalizadas cerca de 70 escolas ao nível da província, tendo afectado mais de mil alunos. 


Na mesma semana, o Ikweli reportou que a população local acusa os membros do partido no poder e secretários distritais de conspirarem para espalhar a cólera através das fontes de água. Estes, cercaram a residência do administrador do distrito, para exigir explicações sobre o surto de cólera que tem afectado a região com registo de três óbitos até ao momento, de acordo com dados partilhados nesta segunda-feira (24), pelo sector de saúde. (Ângela da Fonseca)


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